Planejamento e Pesquisa São Chaves Para Economizar
Com a volta às aulas se aproximando, muitos pais enfrentam o desafio de comprar materiais escolares em um cenário de preços que variam bastante. Segundo uma pesquisa recente do Procon-SP, a diferença no custo de itens básicos pode chegar a impressionantes 269%. Um exemplo é a mesma régua de 30 cm que custa R$ 1,60 em uma loja e R$ 5,90 em outra. Por isso, é essencial se planejar, reaproveitar o que for possível e comparar preços para evitar sustos no orçamento.
Os preços mais altos este ano têm algumas explicações. A Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) aponta que o aumento nos custos de papel, embalagens e produtos importados levou a um reajuste médio de 7% a 9%. Esse índice é quase o dobro da inflação acumulada de 2024, que foi de 4,68%.
A boa notícia é que, com organização, é possível contornar esses aumentos. Comece fazendo uma lista detalhada do que realmente é necessário. Muitas vezes, materiais usados no ano anterior, como mochilas, estojos e réguas, ainda estão em bom estado e podem ser reutilizados. Além de economizar, essa atitude é mais sustentável.
Outra dica valiosa é pesquisar preços. Materiais com personagens licenciados, por exemplo, podem ser até 100% mais caros. Priorize opções mais simples e busque alternativas econômicas, como lojas online, aplicativos de cashback e promoções. Muitos bancos, como Itaú e Santander, oferecem programas de descontos que podem ajudar a aliviar o peso das compras no bolso.
Também é importante lembrar que, por lei, escolas não podem incluir materiais de uso coletivo, como produtos de limpeza, na lista de compras dos alunos. Se encontrar algo que parece abusivo, pergunte à escola e, se necessário, procure o Procon para orientação.
O comércio local já sente o impacto dessa movimentação. Em Santa Cruz do Sul, por exemplo, mais de 26,5 mil estudantes voltam às aulas em fevereiro, e muitas famílias já estão se adiantando para evitar filas e preços altos de última hora. O varejo da região está otimista, com papelarias de bairros e do centro aproveitando o momento para aumentar as vendas.
Com um pouco de organização e paciência, é possível economizar e garantir que as crianças comecem o ano letivo preparadas.
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