Em boletim médico, o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde o presidente está internado, esclareceu que Lula “fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular”.

Esta será a segunda intervenção médica no cérebro do presidente em menos de uma semana. Na última segunda-feira (9), Lula foi internado às pressas e passou por uma trepanação, procedimento realizado para drenar um hematoma cerebral.

Desde então, o presidente permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Nesta quarta-feira (11), o site PlatôBR informou que os médicos recomendaram a redução no número de visitas recebidas por Lula durante a internação.

O quadro de saúde do presidente tem gerado especulações sobre seu futuro político e a viabilidade de uma reeleição em 2026, o que também levanta discussões sobre o impacto na perspectiva eleitoral da esquerda nos próximos anos.

Segundo informações da CNN Brasil, Bolsonaro está entre os 37 investigados apontados pela Polícia Federal, que alega que o ex-mandatário tinha “pleno conhecimento” do plano para evitar a posse de Lula. O relatório da investigação foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, e caberá ao Procurador-Geral da República decidir se as denúncias serão aceitas ou arquivadas.

Caso as acusações sejam confirmadas, o julgamento poderá ocorrer no próximo ano. Bolsonaro, por sua vez, negou as acusações em publicação na plataforma X (antigo Twitter), afirmando que ainda não teve acesso ao documento e que aguardará a análise de seus advogados.

Entre os acusados estão nomes de destaque, incluindo ex-assessores, políticos influentes do governo Bolsonaro, generais aposentados como o ex-ministro da Defesa e o ex-chefe da segurança presidencial, além de figuras como o consultor político do presidente argentino Javier Milei. A lista inclui ainda o ex-ministro da Justiça, o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, ex-militares do Exército e dois coronéis.

A investigação ocorre em meio a tensões políticas no país e reforça os debates sobre as consequências das eleições de 2022, que foram marcadas por disputas acirradas e episódios de contestação ao processo eleitoral.

Detalhes do plano

De acordo com as investigações, documentos apreendidos e a colaboração de Mauro Cid, general do Exército, indicam que o encontro contou com a presença de militares ligados ao Exército e à gestão Bolsonaro. Estavam presentes o tenente-coronel Mauro Cid, o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, entre outros.

A reunião teria abordado o monitoramento de Alexandre de Moraes e o planejamento de ações clandestinas, incluindo o uso de veneno contra Lula. A vulnerabilidade do presidente, devido a frequentes idas a hospitais, foi considerada pelos envolvidos.

Entre os materiais apreendidos pela PF, destaca-se um arquivo intitulado Copa 2022, que detalhava necessidades logísticas e orçamentárias para a execução das ações, além de mensagens em aplicativos que confirmavam o andamento do esquema.

Operação da PF

Na manhã desta terça-feira, agentes da Polícia Federal cumpriram:

• Cinco mandados de prisão preventiva;
• Três mandados de busca e apreensão;
• 15 medidas cautelares.

A operação foi realizada em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e no Distrito Federal. O Exército acompanhou o cumprimento dos mandados.

Personagens do esquema

Entre os principais alvos da investigação estão:

• Mario Fernandes: General da reserva, ex-assessor da Presidência de Bolsonaro e integrante do grupo chamado “kids pretos”;
• Hélio Ferreira Lima: Tenente-coronel do Exército Brasileiro, natural do Rio de Janeiro;
• Rafael Martins de Oliveira: Major do Exército Brasileiro, com formação em forças especiais;
• Rodrigo Bezerra de Azevedo: Major do Exército, mestre em Ciências Militares;
• Wladimir Matos Soares: Policial Federal.

O documento que embasou a operação descreve o planejamento como “terrorista” e cita codinomes usados pelos investigados. Lula era chamado de “Jeca”, Geraldo Alckmin de “Joca” e Alexandre de Moraes de “Professora”.

Motivações e implicações

Os envolvidos planejavam instituir um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” para lidar com as consequências das ações. Segundo a PF, o objetivo era inviabilizar a posse de Lula e reverter a derrota eleitoral de 2022.

O general Braga Netto é apontado como um dos principais articuladores da tentativa de golpe e, de acordo com fontes da investigação, será indiciado no inquérito. Até o momento, ele não se manifestou sobre as acusações.

Conclusão

A Polícia Federal segue aprofundando as investigações e analisa possíveis conexões do grupo com outras iniciativas clandestinas. O caso reforça a atenção às ameaças contra as instituições democráticas no Brasil.

O chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola, foi condenado pela Justiça de São Paulo a mais 6 anos de prisão em regime fechado. A nova sentença foi emitida por crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, que envolviam o uso de negócios familiares para atividades ilícitas.

De acordo com o processo, Marcola utilizava um salão de beleza registrado no nome de sua esposa, Cynthia Herbas, para movimentar dinheiro proveniente do crime organizado. A investigação revelou que o estabelecimento recebeu depósitos em espécie que totalizaram R$ 480 mil, muito acima do faturamento anual declarado de R$ 150 mil.

Além disso, a aquisição de um imóvel localizado em Carapicuíba, na Grande São Paulo, também levantou suspeitas. A compra foi considerada incompatível com a renda formal da família, reforçando os indícios de que o dinheiro tinha origem em atividades criminosas do PCC.

Esquema Familiar

Cynthia Herbas e seus pais também foram condenados por participarem do esquema. Eles ajudavam a movimentar e ocultar os recursos ilegais através do salão de beleza e outras operações suspeitas.

Marcola já cumpre pena

Marcola já está detido na Penitenciária Federal de Brasília, onde cumpre pena por outros crimes relacionados ao comando do PCC. A nova sentença aumenta o tempo que ele permanecerá encarcerado.

O jornalista William Bonner, da TV Globo, foi identificado como alvo de um possível atentado planejado por Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, antes de sua morte na explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (13). Tiu França, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC) e defensor de ideias radicais, já havia manifestado intenções de atacar personalidades públicas, incluindo Bonner, conhecido por sua postura crítica e pelo destaque no noticiário político.

Ameaças Direcionadas a Figuras Públicas

Em suas redes sociais, Tiu França frequentemente publicava ameaças a figuras ligadas ao cenário político brasileiro. Além de William Bonner, ele mencionou outros nomes em seus discursos: o ex-presidente José Sarney, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram citados em mensagens divulgadas em grupos políticos. Em postagens, ele conclamava seus seguidores para uma “revolução” que deveria se iniciar em 13 de novembro, data escolhida em oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Caso da Explosão

A explosão ocorrida em frente ao STF levantou um alerta para as autoridades sobre o nível de ameaça e a intenção de Tiu França em realizar atentados que pudessem ter consequências graves. As forças de segurança seguem investigando possíveis conexões do acusado com outros grupos e avaliando a extensão dos planos que ele detalhava em suas redes.

Na tarde desta quinta-feira, 14 de novembro, um episódio de tensão marcou a partida entre Bonsucesso e Niteroiense, válida pela última rodada da Quarta Divisão do Campeonato Carioca (Série B2). O jogo, que teve início com o empate por 1 a 1 no primeiro tempo, foi encerrado com vitória do Bonsucesso por 2 a 1, com gols de Tony Love e Baré. Bruno Gallo descontou para o Niteroiense.

Entretanto, o confronto, que deveria ser uma celebração do futebol, foi ofuscado por uma invasão de campo no intervalo da partida, gerando momentos de pânico e confusão. Torcedores que estavam na social do estádio gritaram em direção aos invasores, e alguns jogadores tentaram intervir para controlar a situação. Outros atletas correram para os vestiários, enquanto o tumulto se espalhou.

A situação ficou ainda mais caótica com o lançamento de bombas, e a ausência de policiamento no local agravou o cenário. A ambulância, que estava estacionada nas proximidades, precisou se deslocar para escapar da confusão. Apesar da tensão, o conflito foi rapidamente controlado, e o jogo pôde ser retomado, embora com os ânimos exaltados tanto nas arquibancadas quanto no campo.

Resultado da Partida e Classificação

No campo, o Niteroiense já havia garantido sua vaga na terceira divisão de 2025, enquanto o Bonsucesso precisava apenas de um empate para se assegurar na próxima fase, mas buscou a vitória até o último minuto e conseguiu triunfar por 2 a 1. Com esse resultado, a classificação final da competição ficou definida da seguinte forma:

1. Campo Grande
2. Bonsucesso
3. Niteroiense
4. Carapebus

Os quatro times garantiram o acesso para a Série A2 do Campeonato Carioca de 2025 e agora disputarão as semifinais. Os confrontos serão entre Campo Grande x Carapebus e Bonsucesso x Niteroiense.

Posicionamento do Bonsucesso

Após o incidente, o Bonsucesso Futebol Clube emitiu uma nota oficial lamentando os acontecimentos e se comprometendo a reforçar a segurança nas próximas partidas. O clube ressaltou que a integridade física dos torcedores, jogadores e profissionais envolvidos é uma prioridade.

“O Bonsucesso Futebol Clube lamenta profundamente o episódio de invasão de campo no jogo desta quinta-feira, no Estádio Leônidas da Silva. O clube preza pela segurança de todos os envolvidos e já tomou as providências necessárias para garantir que situações como essa não se repitam. Vamos intensificar o efetivo de segurança em futuras partidas e buscar o apoio da Polícia Militar para garantir a tranquilidade durante os jogos.”

Expectativa para as Semifinais

Com os classificados definidos, as semifinais prometem agitar ainda mais o Campeonato Carioca da Quarta Divisão. Campo Grande e Carapebus, assim como Bonsucesso e Niteroiense, se preparam para disputar uma vaga na grande final e, claro, garantir o tão sonhado acesso à Série A2 do Carioca.

A torcida, no entanto, espera que os próximos jogos sejam marcados pelo futebol e pelo respeito às normas de segurança, para evitar que episódios como o ocorrido no Leônidas da Silva se repitam.

“Quando foi que perdemos a luz da nossa alma afetuosa, alegre e fraterna para a escuridão do ódio e da violência?”, ponderou Barroso, alertando para a influência de ideologias extremas, “mercadorias espiritualmente defeituosas de outros países que se desencontraram na história”.

O presidente do STF ainda relembrou uma série de ataques recentes à democracia e às instituições republicanas. Em sua fala, ele elogiou a atuação das forças de segurança, especialmente o trabalho conjunto entre a Polícia Federal, Polícia Militar e a equipe de segurança do STF, que atuaram rapidamente para controlar a situação.

Detalhes do Ataque

O incidente aconteceu por volta das 19h30 de quarta-feira (13/11), quando Francisco Wanderley Luiz se aproximou da estátua da Justiça, em frente ao STF, carregando uma mochila e um extintor. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele tentou acender um artefato, que inicialmente falhou, e em seguida arremessou outro dispositivo, que explodiu próximo à marquise do tribunal. Cercado pelos agentes, ele acendeu mais um explosivo e deitou-se sobre ele, causando sua morte instantânea.

As equipes de segurança isolaram o local e, em operação conjunta, a Polícia Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal inspecionaram cuidadosamente os itens deixados pelo homem, encontrando mais explosivos na mochila e em sua roupa. A operação se estendeu pela madrugada, e a área foi liberada na manhã desta quinta-feira.

Intenção de Matar Ministros

Em coletiva de imprensa, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, confirmou que Francisco Wanderley Luiz tinha a intenção de matar ministros do STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, que teria sido o principal alvo. Mensagens deixadas por Luiz em sua residência temporária em Ceilândia, onde um arsenal de explosivos foi encontrado, indicavam ameaças à Suprema Corte.

“Esses ataques são parte de uma rede de radicais que têm como objetivo desestabilizar as instituições democráticas, culminando nessa tentativa de atentado”, afirmou Rodrigues, destacando que o caso não é isolado e que a Polícia Federal vem investigando ações de grupos extremistas no país.

Rodrigues também mencionou um áudio da ex-esposa de Luiz, que reforçava o plano de atacar o ministro Moraes. Ele destacou que os explosivos usados, embora artesanais, tinham potencial de danos graves, e que a investigação busca descobrir o nível de planejamento por trás do ataque.

Atividades Extremistas em Investigação

Ao fim da coletiva, o diretor-geral da PF ressaltou que os eventos do dia anterior são reflexo de uma atividade crescente de grupos extremistas no Brasil. “A PF está atenta e investigando esses movimentos. Esse episódio é parte de um cenário mais amplo e requer ações coordenadas de todas as forças de segurança para proteger a democracia”, concluiu Andrei Rodrigues.